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sábado, 9 de fevereiro de 2013

Juventude Sustentável?


O clichê mais politicamente correto hoje é Sustentabilidade. Repete-se em todas as mídias diariamente essa palavrinha mágica que dá contornos de benevolência a qualquer texto esdrúxulo. No Google são 14,7 milhões de resultados para “Sustentabilidade”. No site da folha, as estatísticas não deixam mentir – 236 dias – são 167 ocorrências, uma a cada 1,4 dias. Definir sustentabilidade seria incorrer na mesma redundância, tamanho a dedicação de “especialistas” que surgem a todo momento para apresentar um novo conceito. Mais do que uma mudança de sistema econômico, de modus operandi, sustentabilidade é uma mão na consciência.
Por séculos, matemáticos, antropólogos e posteriormente os denominados economistas lutaram para entender e desenhar modelos que reproduzissem e facilitassem o entendimento e articulação de políticas para conduzir as atividades humanas. Falharam todos os que definiram que desenvolvimento era crescimento, e ainda mais os que definiram como fonte do crescimento o aumento do consumo das pessoas. As sociedades de consumo em massa são a maior prova que o desenvolvimento pensado nessa linha é findo tão logo a escassez de recursos (e de consumo) abocanhe qualidade de vida.
Então o que nos cabe, como jovens e cidadãos de um mundo interconectado, que divide-se em fronteiras “desrespeitadas” pela natureza? A nós, JOVENS, cabe disseminar no dia-a-dia a mão na consciência. Filhos melhores para o mundo é o que devemos ser. Agentes da mudança de uma cultura devastadora é o que podemos ser. Dada a limitação de recursos, os crescentes problemas de poluição, a intervenção ambiental desmedida – seja na cidade urbanizada ou na floresta – se torna cada vez mais um vetor de caos econômico. Isso mesmo, pra ficar apenas no âmbito de “o que pesa é o bolso” as atitudes tomadas corriqueiramente pela população sem orientação causam prejuízos a si próprios. O trânsito, o rio poluído, as enchentes, as explosões nos lixões…, tudo isso é reflexo da falta da mão na consciência, e da consciência de que essa falta é contra o próprio bolso.
Atitudes sustentáveis são, por exemplo, o uso de transportes coletivos e da bicicleta; a separação e correta destinação do lixo; a escolha por produtos com embalagens reutilizáveis; a economia de água e energia. Atitudes simples que fazem toda a diferença.  Mas o papel da juventude vai mais além; incentivar a política pública a prover os recursos necessários para essa mudança de hábito, como a construção de ciclovias, disseminação da coleta seletiva, melhorias no transporte coletivo. E uma constatação é o fato de que em geral os países que mais consomem e poluem são os que mais estão conectados na internet. É poder do Jovem, principal usuário dessa ferramenta, encampar a disseminação dessa mão na consciência. A juventude deve ter a voz ativa na alteração do rumo atual, ou não haverão novas juventudes por vir.
 Fonte Observador Político.

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