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quarta-feira, 6 de março de 2013

Todo dia é Dia da Árvore!!



É quase redundante reafirmar a importância das árvores para o ser humano, mas é sempre bom lembrar: as árvores mantêm a umidade do ar e ajudam a diminuir a poluição, já que absorvem gás carbônico na queima de combustíveis. Mais árvores, mais oxigênio. Elas também mantêm a estrutura do solo firme, filtram poeira, nos dão madeira, frutos, matéria-prima para fabricação de papel e remédios, além de deixar as cidades com uma beleza natural. É sempre importante ter em mente que as árvores são mais antigas que os homens. A relação, portanto, deve ser de respeito.

O respeito às árvores e à natureza deve ser ensinado na infância - e mantido ao longo da vida. No entanto, o dia da árvore não pode ter o mesmo efeito passageiro de nacionalismo que a Copa do Mundo de Futebol traz. O brasileiro só tem orgulho de seu país durante os jogos, e isso não pode ser repetido no dia da árvore. Não basta dedicar atenção à vegetação nativa do Brasil apenas nesse dia, que é puramente simbólico. O brasileiro tem que preservar as árvores e o meio ambiente 365 dias por ano. Não só o brasileiro, mas o ser humano não deve pedir desculpas à natureza apenas em um dia.

Por isso, as comemorações não devem se restringir às escolas de ensino fundamental, nas quais os alunos aprendem a plantar mudas e a reciclar papel de caderno. Apesar de louvável, essa iniciativa deve ampliar seu raio de atuação e sensibilizar empresas, instituições públicas, organizações e coletivos que tenham o compromisso de estar sempre contribuindo para o reflorestamento.

Plantar uma árvore para cada uma que é derrubada é uma parte importante do processo de valorização da natureza. Preservar as matas existentes, conservar a flora natural e estabelecer legislações (que devem ser duramente fiscalizadas) para retardar o processo de desmatamento desenfreado é fundamental para que o reflorestamento não seja a única forma de preservação da nossa maior fonte de oxigênio.

Felizmente, a neutralização do carbono vem ganhando visibilidade. Empresas de turismo, principalmente, já começam a estabelecer programas de viagem sustentáveis – depois de calculada a quantidade de gás carbônico a ser consumida durante um roteiro, cada viajante é convidado a plantar o número de árvores necessárias a devolver à atmosfera o que ele gastou no percurso.

Neutralizar carbono é fácil, eficiente e barato. Um exemplo prático: o funcionário de uma empresa que percorre em média 40km por dia com carro à gasolina irá gastar, ao ano, aproximadamente R$ 40,00 para neutralizar a quantidade de CO2 que o veículo emitiu – equivalente a quase 4 árvores –, de acordo com cálculos do projeto Florestas do Futuro (da Fundação S.O.S Mata Atlântica).

Seja jogada de “marketing social” ou não, o resultado do crescimento assustador da implantação de projetos de neutralização nas empresas mostra um lado interessante do problema: proteger o meio-ambiente virou estratégia de venda. A conseqüência? A partir de agora, o consumidor não vai mais comprar produtos de empresas que não praticam o desenvolvimento sustentável e não apóiam iniciativas de proteção ambiental. Melhor para o planeta, melhor para o cliente.

Outras iniciativas que demonstram gratidão para a natureza – e com certeza ganharão reconhecimento da sociedade – começam a aparecer em quantidade e qualidade. Em Indaiatuba (SP), o serviço municipal de distribuição de água passou a utilizar biodiesel à base de óleo de cozinha nos veículos da frota. A tecnologia inédita, desenvolvida pela Universidade Estadual de Campinas, Unicamp, consiste em recolher óleo nas cozinhas de bares e restaurantes da cidade, e depois processá-lo na “usina” adaptada. Para transformar 100 litros de óleo saturado, por exemplo, demora-se cerca de 40 minutos, e diminui-se consideravelmente o custo do combustível.

Em Campinas, uma empresa foi fundada recentemente para distribuir papel feito a partir do bagaço da cana-de-açúcar, produzido na Argentina. A aceitação do papel, que vem em formato A4 e é adequado para impressões, já alcançou a Região Metropolitana de Campinas e a Grande São Paulo. O processo de transformação é ecologicamente correto desde a colheita, que evita queimadas; o papel apresenta menor absorção de umidade e não precisa passar por tantos processos químicos (é isento de cloro elementar, usado geralmente para branquear o papel).

Precisamos seguir os passos que a ONG ASSERECO recomenda: repense, recuse, reduza, reuse, recicle. Repensar deve integrar todos os outros passos – se o respeito à árvore e à natureza tem que ser ensinado aos jovens, deve ser também re-ensinado aos adolescentes e aos adultos, a todo o momento. Devemos encontrar soluções no dia-a-dia para evitar desperdícios e cuidar do que é de todos, não como uma obrigação desagradável, mas como um comportamento natural, com a certeza de que algo está sendo feito para o nosso próprio benefício. Equipe ASSERECO.

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