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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Grafite também é ferramenta social

Grafite não é apenas uma forma de se manifestar. Atraente para os jovens, a arte de rua também pode ser uma importante ferramenta na reintegração de crianças e adolescentes na sociedade.

Nas principais capitais do Brasil, algumas entidades utilizam as técnicas do spray e dos pinceis para atrair jovens de periferia. Desde 2000 atuando em Praia Grande, a Entidade de Esportes Radicais, a Ong ASSERECO, desenvolve através da educação para os esportes radicais, bmx, skate e inline,  o projeto Praia Grande Skateboards por meio do grafite e entre outros elementos do hip hop. Desde antes de sua formação formal, o movimento que ocasionou nossa ong, foi a principal fomentadora desta arte organizada em nossa região.
Neste projeto, os adolescentes  começam a ter interesses que inclui o desenvolvimento pessoal e o aprendizado de competências básicas para o trabalho e geração de renda. Esses ensinamentos são aplicados em obras de arte que podem ser comercializadas e, de maneira inovadora, o grafite acaba se tornando uma fonte de renda para os jovens e para suas famílias.
Bancos, escolas de artes, editoras e empresas estão entre os que já contrataram  Além dos muros, os grafiteiros ainda têm a oportunidade de pintar desenhos exclusivos em camisetas, que são comercializados em parceria..
Também existem projetos que atuam com a metodologia do grafite fora do estado de São Paulo. Em Paracambi, no Rio de Janeiro, o projeto Sou Kpaz - desenvolvido pela Secretaria de Trabalho, Habitação e Ação Social - se tornoureferência. Trata-se de um curso com duração de seis meses com duas aulas semanais que ensinam técnicas de desenho e pintura por meio do grafite para 60 crianças e jovens carentes.
Cadê o incentivo?
Em São Paulo, os grafiteiros profissionais reclamam do pequeno número deoficinas que contam com o apoio da atual prefeitura. De acordo com os principais nomes da arte de rua, a quantidade de trabalhos sociais nos últimos anos diminuiu.
“Precisamos de mais incentivo. Às vezes, ministramos oficinas em ONGs, na FEBEM e ultimamente isso não tem acontecido. A prefeitura não apóia o nosso trabalho”, disse Oswaldo Júnior, o Juneca, um dos precursores do grafite no Brasil.
Mesmo sem se considerar um exemplo, Juneca, que começou comopichador para depois iniciar no grafite, acredita que a arte pode ser uma boa maneira de tirar as crianças da rua.
“Acho ótimos os trabalhos sociais. Já ministrei cursos para mais de 5 mil alunos, entre oficinas em escolas, FEBEM e outras entidades. Todos os que passaram pelas aulas aprenderam alguma coisa e fizeram trabalhos legais”, conta Juneca, que é formado em artes plásticas e já expôs fora do Brasil. “Queria que em todo o país fossem feitas oficinas”, completa.
Fonte: Equipe ASSERECO. 

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